A princípio, a mudança das placas automotivas para a Placa Mercosul aconteceria no final de 2018. Mas, nem tudo saiu como previsto e apenas em 2019 alguns estados brasileiros começaram a instituir o novo modelo. Agora, em fevereiro de 2020, já não há mais o que esperar: ela já é obrigatória para todo o país. Mato Grosso, Tocantins, Sergipe, Alagoas e Minas Gerais têm até o dia 17 para regularizar o novo padrão.
Como aconteceu quando houve a troca da placa amarela para a cinza, a Placa Mercosul também está sendo alvo de muitas dúvidas. Quando é preciso trocar? Como fica a sequência alfanumérica? As respostas para essas e outras dúvidas você encontra logo abaixo. Continue a leitura!
O que muda na nova Placa Mercosul
A principal mudança fica a cargo da sequência alfanumérica. A placa segue tendo 7 dígitos mas, agora, 4 são letras e apenas 3 são números. A nova sequência possibilita 450 milhões de combinações, enquanto a antiga permitia “apenas” 175 milhões.
O visual também é diferente do que estamos acostumados: agora, apenas o nome do país aparece na placa, que não contém mais a cidade e o estado do veículo. O novo padrão da Placa Mercosul alinha o Brasil aos outros países do bloco econômico, sendo que a única diferença estética entre as placas de um carro brasileiro e um uruguaio, por exemplo, é a bandeira do país.
Saiba quem precisa trocar a placa
Nem todo mundo precisa correr para mudar o padrão da placa. Por enquanto, ela é obrigatória em alguns casos:
- mudança de categoria (caso um carro de passeio passe a ser táxi, por exemplo);
- transferência de cidade ou proprietário;
- roubo ou dano da placa atual;
- primeiro emplacamento.
Assim, espera-se que, gradativamente, toda a frota do país se padronize aos poucos. Porém, por ter um sistema de numeração diferente do anterior, é provável que a padronização se torne obrigatória no futuro, a fim de uniformizar a frota até o final de 2023.
Entenda as especificações da Placa Mercosul
Ao ser lançada, a nova placa levantou suspeitas sobre o seu tamanho. Muitos acreditavam que era maior que as placas cinzas, mas não passa de impressão. O novo padrão tem as mesmas dimensões do antigo (40 cm de largura por 13cm de altura). Caso precise de adaptação por conta do receptáculo, o Denatran autorizou a redução de até 15% desde que o QR Code e a bandeira do país sejam respeitados.
Quanto à sequência alfanumérica, cada país do Mercosul pode definir como “embaralhar” as letras e números. No Brasil, a princípio, será LLL NLNN para carros e LLL NN LN para motos (“L” refere-se às letras, enquanto “N” aos números).
Também estão na placa:
- Distintivo Internacional do Brasil;
- Inscrição sem efeito difrativo;
- emblema do Mercosul;
- Marca d’água.
Como ficam os veículos já emplacados
Caso você não se enquadre nas obrigatoriedades de mudança e, mesmo assim, quiser trocar a placa do veículo para o novo padrão, sem problemas. Mas, você deve estar se perguntando como ficará a identificação da sua placa, certo?
Os carros seguirão uma tabela que substitui o segundo número da placa atual por uma letra. Confira:
Segundo número da placa (da esquerda para a direita) | Letra substituta |
0 | A |
1 | B |
2 | C |
3 | D |
4 | E |
5 | F |
6 | G |
7 | H |
8 | I |
9 | J |
Em um exemplo prático: a placa MGH 0452, no padrão Mercosul fica: MGH 0E52. Para realizar a mudança, informe-se junto do Detran do seu estado quais as empresas credenciadas. Elas vendem as placas diretamente ao consumidor, como já acontecia com as antigas. Esse detalhe também faz com que não haja um preço fixo, cabendo ao motorista realizar a pesquisa pelo menor valor.
A importância do QR Code na Placa Mercosul
Provavelmente, você percebeu que o nome do município e do estado não estão mais disponíveis. Incluir o brasão da cidade e a bandeira do estado da federação foi proposto, mas não chegou à versão final da placa.
Para saber mais detalhes sobre o veículo, basta apontar a câmera do smartphone para o QR Code que fica no canto superior esquerdo da placa. Além das informações sobre o local do emplacamento, também é possível saber se o veículo foi furtado ou vítima de clonagem. Para ter acesso às informações, é preciso realizar um cadastro junto ao Departamento Nacional de Trânsito.
O uso do QR Code, porém, trouxe um problema: a troca integral da placa em caso de transferência de município. Como as informações estão atreladas ao código impresso na chapa, é necessário mudá-la por completo. Antes, bastava modificar a tarjeta com o nome da cidade e estado.
E aí, esclareceu suas dúvidas sobre a nova placa Mercosul? Se ainda restou alguma, deixe um comentário abaixo que logo a nossa equipe irá responder!